Iniciação à vida cristã
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04/09/2017 Regina Helena Mantovani Iniciação à vida cristã Desafios para a Catequese no mundo atual
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Regina Helena Mantovani

DESAFIOS PARA A CATEQUESE NO MUNDO ATUAL  (1) 

Se realmente queremos transmitir a Boa Nova de Jesus Cristo, seduzir os corações das pessoas para Ele, buscando uma sociedade que viva o Seu discipulado, é hora de pensarmos em fazer a travessia de uma catequese de pouca eficácia para uma catequese de qualidade para os dias de hoje. Para isso, o grande desafio que se apresenta é o preparo do evangelizador, e no caso específico da catequese, o catequista. 

É com este olhar que desenvolveremos as proposições que se seguem, mas, que não podem ser tomadas como únicas para a construção da catequese que pensamos e desejamos. Há outras.  Para efeito de uma melhor leitura e dado ao espaço aqui oferecido, desdobraremos as reflexões em partes.   

A AUTOCONSCIÊNCIA ACERCA DA SUA IMPORTÂNCIA COMO EDUCADOR DA FÉ 

Sabemos da importância que têm o catequista na vida do catequizando. E essa importância advém exatamente da sua dedicação e competência no exercício de sua função educativa. No seu cotidiano, o educador da fé deve buscar ultrapassar ou transcender a dimensão do ensino de conteúdos conceituais, procedimentos ou atitudes, preparando assim o catequizando para a vida, partindo do pressuposto que educação e vida se fundem em uma só ação. 

Ao tratarmos da questão da autoconsciência do catequista acerca da sua importância como educador da fé, pensamos no alcance de seu trabalho. Entendemos que quando o catequizando tem, em sua formação, um catequista consciente de seu papel de mediador no encontro pessoal com a pessoa de Jesus Cristo, certamente terá uma educação que o conduzirá para a efetivação de um autêntico cristão católico. No entanto, a aquisição da autoconsciência é um processo longo e complexo, mas, sabemos que ela é essencial no ato educacional. 

SER AUTOR DE SEU PRÓPRIO CRESCIMENTO NA FÉ 

Estamos numa época não esclarecida, mas, de esclarecimentos. Momento propício para gestar gradativamente o conhecimento para conduzir o homem ao seu entendimento. Podemos perceber que essa questão nos aponta para uma discussão de como fomentar uma educação da fé que seja realmente capaz de conduzir a pessoa a não só conhecer mas, tornar-se intima de Jesus Cristo. 

“Dar razões da sua fé”, é ajudar o catequista a sair de sua “menoridade”, ou seja, tornar-se maduro no conhecimento e na fé.  O desânimo, o desinteresse, acreditar que já sabe muito são as causas pelas quais a grande maioria, não só dos catequistas mas dos seres humanos em geral, preferem permanecer na menoridade, uma vez que é mais cômodo. 

Assim, podemos deduzir a necessidade e a importância da formação dos catequistas para motivá-los a saírem do seu comodismo, de sua menoridade, de querer saber mais, de avançar no conhecimento tornando progressivamente menores os obstáculos ao esclarecimento. Também é necessário proporcionar experiências de fé que o torne apto a fazer uso público de sua razão e expor publicamente suas convicções de fé – ser um autêntico discípulo missionários de Jesus. Procedendo assim, fará com que o catequizando também se expanda sempre mais enquanto discípulo. 

Todas estas situações devem ser postas com clareza no complexo pedagógico uma vez assumidas como opção de educação na fé, aqui entendida como uma educação para a reflexão, para a autodeterminação, para o testemunho. Enfim, uma educação para o discipulado. Sabemos que é um processo que acontecerá gradualmente.

(continua...) 

Regina Helena Mantovani

Coordenação da Animação Bíblico-Catequética / Regional Sul 2

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